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Timpanismo bovino: sintomas, tratamentos e prevenção

1 de novembro de 2021

O timpanismo bovino, meteorismo ruminal ou empanzinamento é uma doença que compromete o metabolismo dos ruminantes. Quando acometido por esse mal, o animal acumula gases no rúmen e no retículo, o que causa a sua distensão excessiva por dificuldade de eliminá-los.

A enfermidade é mais comum em bovinos criados em sistema de confinamento, pois eles se alimentam de rações com grandes proporções de concentrados, principalmente soja e cevada. Entretanto, em bovinos criados a pasto, o problema também pode ocorrer quando consomem forrageiras leguminosas.

Tipos de timpanismo

São dois os tipos de timpanismo: o primário e o secundário. No primário, ocorre aumento da tensão superficial do líquido ruminal ou da sua viscosidade. Com isso, as bolhas de gases existentes na espuma permanecem dispersas por longo tempo na ingestão. Nem mesmo os movimentos constantes do conteúdo ruminal conseguem desfazer essas bolhas dificultando a sua expulsão.

Já no secundário, ocorrem anormalidades físicas e/ou funcionais, que impactam diretamente na eructação. As causas podem ser quando um órgão ou parte dele não se desenvolve até o seu tamanho normal ou quando o esôfago é obstruído por um corpo estranho.

Principais sintomas

Os principais sintomas do timpanismo bovino são: aumento do volume ruminal, salivação, pressão excessiva intrarruminal, desconforto, dor abdominal, falta de apetite, aumento da frequência respiratória, distensão dos membros, extensão do pescoço, além de queda do animal, com a cabeça distendida, olhos dilatados, boca aberta e língua para fora. Também pode ocorrer enfartamento ganglionar ou por lesão das vias nervosas encarregadas da eructação (timpanismo secundário).

Tratamentos

No timpanismo primário, o tratamento deve promover a expulsão dos gases e a redução da estabilidade da espuma. Quando o médico veterinário passa a sonda orogástrica pela boca do animal, que segue até o estômago, os gases podem ser expulsos antes de ocorrer a obstrução por restos alimentares ou espuma. Também pode ser usado o trocáter na fossa paralombar esquerda. Em casos mais graves, é realizada a rumenotopia.

Prevenção

Para prevenir o timpanismo bovino, o rebanho deve receber a visita periódica de um médico veterinário. Além disso, o pecuarista deve evitar dietas com grande quantidade de grãos e pouca quantidade de fibras. Os grãos também não podem ser moídos excessivamente. Sem falar no fornecimento de feno de leguminosas, que deve se criteriosamente avaliado pelo produtor.